segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pequenas empresas... satisfação nos negócios

Hoje quero falar de uma campanha que está sendo veiculada nos principais canais de televisão brasileira. A campanha publicitária das sandálias Havaianas. Já não é novidade para ninguém o tremendo sucesso que as havaianas vêm fazendo desde que mudou seu posicionamento de marca e produto.

Apenas para recordar, os chinelos que até a década de 80 e início dos anos 90 eram utilizados apenas pelas classes de baixa renda e, principalmente, por operários, de repente passou a freqüentar os pés de celebridades. O primeiro a se render foi o craque de futebol Raí, que foi pago para usar. Em seguida vieram, gratuitamente, Madonna, Tom Cruise, Brad Pitt, Rodrigo Santoro e outras tantas personalidades que elevaram o subproduto da Cia Alpargatas a condição de produto de luxo, mesmo que ainda bastante barato (ao menos aqui no Brasil).

Bom, atualizações a parte, a mais nova campanha publicitária das Havaianas é uma verdadeira aula do comportamento usual dos brasileiros. Para quem ainda não viu, ela traz o ator Lazaro Ramos como protagonista, além de um pequeno comerciante de quiosque de praia e um argentino. Apesar da brevidade comum para um comercial de televisão, a campanha apresenta muitas mensagens ligadas ao momento em que vivemos.

Uma mensagem cívica, dado ao momento eleitoral, quando eles se perguntam como um país rico como o Brasil pode enfrentar tantos problemas. Uma mensagem competitiva, quando eles mostram o modelo verde e amarelo das sandálias, somado a retaliação ao argentino que se manifesta face aos problemas brasileiros, num momento de jogos olímpicos. Eu não duvido que todos os países devem apresentar algum tipo de patriotismo. Mas o brasileiro tem, realmente, muito orgulho da sua nação e, mesmo com todos os problemas internos, defendemos a nossa bandeira.
Uma última e não menos interessante mensagem deste comercial, vem da fala do ator Lázaro Ramos, que diz: “você é que é um cara de sorte, pode trabalhar todo dia de Havaianas”. O que até bem pouco tempo era uma forma de sobrevivência para aqueles que não tinham outra opção de renda, agora passa a ser uma opção de qualidade de vida. Muitos engenheiros, médicos, advogados, administradores, economistas, etc, etc, etc, trocaram seus diplomas por pequenos empreendimentos, visando a tão sonhada qualidade de vida e, também, os ganhos que os estudos não garantem no mercado formal de trabalho. Parafraseando nosso estimado presidente da república, nunca na história deste país surgiram tantas pequenas empresas que geram grandes negócios.

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