domingo, 25 de abril de 2010

Enfim, o fim da máfia Curiana

A prisão dos diretores da Assembleia Legislativa do Paraná era uma “tragédia anunciada”. Tragédia para àqueles que adoram encher a boca para dizer que tudo na política sempre acaba em pizza. Mas o bibinho não é o imperador do mal. Ele apenas focou sem liderança, sem alguém que avalizasse todo o seu esquema depois que o grande chefe Curi o deixou.

Depois da morte do big boss, era apenas uma questão de tempo para alguém ter que explicar como foi possível transformar cerca de R$ 9 mil mensais de salário em milhares de hectares e outras milhares de cabeça de gado Brasil a fora. Isso sem falar na pilha de dinheiro que foram encontrados debaixo do colchão do bibinho. Aliás, político brasileiro é um sujeito nostálgico e romântico na hora de cometer seus delitos. Eles ainda se espelham nos filmes de faroeste para transportar ou esconder o objeto do furto. São malas tipo 007, colchões, meias e até cuecas. Cômico se não fosse trágico.

Como bom e orgulhoso brasileiro, torço para que seja esse o momento tão sonhado do Brasil passado a limpo. Ao contrário do que pensam, não desejo ver políticos entrando em camburões invocados da Polícia Federal. Sonho com o dia em que verei políticos disputando prêmios Nobel, sendo exemplo para outras nações. Utopia? Talvez. Mas enquanto esse dia não chega, me contento com a cara de pau do bibinho sendo preso de cabeça erguida.