“O último que sair rouba a luz”
Há rumores que esta frase esteve estampada em algumas salas do congresso nacional. Eu não arrisco um dedo a dizer que isso não seria possível. A corrupção no Brasil é mais forte e mais aceitável que a honestidade e a ética. Pior é o fato de que os brasileiros corretos, éticos e bem intencionados são, em muitos momentos, hipócritas.
Ser hipócritas em relação à corrupção e a desonestidade no Brasil não é um comportamento irregular ou que signifique alguma identidade com a falta de caráter dos corruptos. Preocupante talvez, mas comum e quase imperceptível na vida moderna. É apenas um discurso que, como orador ou ouvinte, prestamos atenção apenas por educação e civilidade.
Antes que a hipocrisia me leve ao banco dos réus, vamos refletir assim: dois cidadãos que levam uma vida “politicamente correta” conversam em uma mesa de bar sobre toda essa bagunça na administração pública. Um deles chega a se alterar quando fala dos abusos com os cartões corporativos. O outro, claro, concorda e ainda impõe mais um monte de palavras de repúdio. Após muita indignação regada à cerveja, cada um pega o seu carro e vai para casa. Roubar é condenável, dirigir após ter bebido é aceitável.
Chegamos a tal ponto de desordem social que o certo e o errado estão mais ligados ao teor do crime do que a palavra da lei. O erro mais hediondo serve de desculpa para os pequenos delitos ou infrações “leves”.
Outro dia eu lia uma entrevista do ex-presidente do conselho de ética, o embaixador Marcílio Marques Moreira, e uma das frases dele me chocou: “quem anda dentro da lei no é considerado um imbecil”. Me chocou, pois ele tem toda a razão. Somos criados, desde crianças, a apelar para erros “aceitáveis” a fim de superar obstáculos e vencer.
Ah! Desculpem o meu comportamento pouco educado, mas tenho que interromper essa conversa imediatamente, pois tem um guarda de trânsito logo ali na frente. Nos falamos outra hora.
Há rumores que esta frase esteve estampada em algumas salas do congresso nacional. Eu não arrisco um dedo a dizer que isso não seria possível. A corrupção no Brasil é mais forte e mais aceitável que a honestidade e a ética. Pior é o fato de que os brasileiros corretos, éticos e bem intencionados são, em muitos momentos, hipócritas.
Ser hipócritas em relação à corrupção e a desonestidade no Brasil não é um comportamento irregular ou que signifique alguma identidade com a falta de caráter dos corruptos. Preocupante talvez, mas comum e quase imperceptível na vida moderna. É apenas um discurso que, como orador ou ouvinte, prestamos atenção apenas por educação e civilidade.
Antes que a hipocrisia me leve ao banco dos réus, vamos refletir assim: dois cidadãos que levam uma vida “politicamente correta” conversam em uma mesa de bar sobre toda essa bagunça na administração pública. Um deles chega a se alterar quando fala dos abusos com os cartões corporativos. O outro, claro, concorda e ainda impõe mais um monte de palavras de repúdio. Após muita indignação regada à cerveja, cada um pega o seu carro e vai para casa. Roubar é condenável, dirigir após ter bebido é aceitável.
Chegamos a tal ponto de desordem social que o certo e o errado estão mais ligados ao teor do crime do que a palavra da lei. O erro mais hediondo serve de desculpa para os pequenos delitos ou infrações “leves”.
Outro dia eu lia uma entrevista do ex-presidente do conselho de ética, o embaixador Marcílio Marques Moreira, e uma das frases dele me chocou: “quem anda dentro da lei no é considerado um imbecil”. Me chocou, pois ele tem toda a razão. Somos criados, desde crianças, a apelar para erros “aceitáveis” a fim de superar obstáculos e vencer.
Ah! Desculpem o meu comportamento pouco educado, mas tenho que interromper essa conversa imediatamente, pois tem um guarda de trânsito logo ali na frente. Nos falamos outra hora.