quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fidel Castro x Juvenal Antena

Uma alusão metafórica, óbvio. Porém, como um admirador confesso das novelas brasileiras e, naturalmente interessado pelas questões políticas e sociais do Brasil e do mundo, não me contive em fazer esta comparação.

Um deles, líder absoluto de uma nação pobre que precisava ser reinventada para sobreviver. Encabeçou uma revolução e tomo o poder comprando briga com o deus norte-americano. Promoveu a “ordem” a ferro e fogo e fez seu povo prosperar, estudar e deixar de passar fome. É idolatrado em todas as incursões populares. Após décadas a frente deste povo ele, literalmente, se considera o dono de Cuba. “No meu país não vai subir ninguém”.

O outro, líder absoluto de uma comunidade pobre que precisava de um espaço para compor moradia, começar uma vida nova. Liderou a invasão de um terreno e virou um mito mantendo a ordem a pulso firme e acompanhando tudo de perto. Fez o seu povo prosperar e é idolatrado em todas as incursões populares. Anos após ele, literalmente, se considera dono da Portelinha. “Na minha favela não vai subir ninguém”.

Um deles, o barbudo de Cuba, é verdadeiro. O outro, o bigodudo da favela, personagem do ator Antonio Fagundes na novela global “Duas Caras”, é fictício. Porém, o comportamento das pessoas lideradas por ambos são reais, nas ruas de cuba ou nas telas da televisão. As pessoas carecem de liderança, de alguém que fale mais alto e encare as forças do mal. De um líder que tome a frente e faça acontecer. Poucos são aqueles que têm essa iniciativa, essa coragem de dar a cara para bater. A maioria das pessoas prefere esperar alguém levar o primeiro tapa e, caso sobreviva, segui-lo com idolatria e fidelidade.

A democracia é, sem dúvida, a melhor forma de organização de uma sociedade moderna. Mas, “cá pra nós”, quem não queria ter um presidente, eleito pelo voto, com a coragem, o fôlego e o carisma do Fidel ou do Juvenal?

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