Novo A.I.5 na imprensa paranaense
Esta semana acordei desnorteado, achando que havia voltado no tempo. Por um momento me vi em plena década de sessenta, em meio ao período mais radical da ditadura militar. Acordei com o mesmo ritual de todos os dias, abri o jornal e liguei o rádio em uma das emissoras de notícias que, costumeiramente, acompanho os principais acontecimentos de Curitiba, do Brasil e do Mundo. Situações do trânsito, clima, economia, esporte, comportamento e, gostando ou não, os absurdos cotidianos da nossa política.
Como todos os dias, aguardava a presença do âncora local, o conceituado jornalista Gladimir Nascimento, que com seus comentários ácidos discute diariamente os acontecimentos da nossa cidade, nas manhãs da rádio BandNews FM. Por algum motivo até então desconhecido, nada do Gladimir naquela manhã.
Como jornalista, obviamente fiquei curioso para saber o porquê da ausência. Não demorou muito para saber que se tratava de uma súbita demissão por motivos políticos. CENSURA declarada após o comentário deste que é, sem dúvida, um dos mais respeitados e corretos profissionais da notícia que o Paraná tem. Calaram o Gladimir porque ele chamou de “uma atitude de ladrões de galinha”, a sessão dos deputados paranaenses realizada na calada da noite, a fim de aprovar uma verba de R$ 17 milhões do orçamento de 2009 para a aposentadoria destes deputados ladrões de galinha.
Não sei se me envergonho de ser jornalista e ainda ver esse tipo de censura, ou de ser cidadão e ver esse tipo patético de crime sobre as nossas barbas, e ainda ser impotente. Sim, impotente. Pois não basta eu e mais meia dúzias de jornalistas como o Gladimir fazer a nossa parte, quando a maioria das pessoas engolem a seco os bla bla blas desses ex-presidentes de associações de bairros, líderes sindicais ou ex-militantes políticos estudantis que migram para a política e, rapidamente, se corrompem frente a um cargo de vereador, deputado, prefeito, governador, senador, e porque não, presidente da república. Um bando de semi-analfabetos que preferem ver seus bolsos cheios, mesmo que para isso seus netos e bisnetos tenham que herdar toda essa podridão política.
Quanto mais eu me informo, mais eu me educo, mais perco a esperança na administração pública. Sim, estou generalizando e não vou mais pedir desculpa àqueles que são “honestos”, pois, no mínimo, são coniventes, pois estão próximos a tudo isso e ainda permitem que pressões políticas possam calar quem quer dizer a verdade.
Desejo a todos os deputados da Assembléia Legislativa do Paraná os piores dias de toda a sua vida. Desejo a todos, os ladrões e os coniventes, um futuro amargo e que suas próximas gerações herdem uma sociedade falida pela corrupção de seus genitores. Não desejo isso apenas em solidariedade ao colega Gladimir, mas em solidariedade a todos os cidadãos brasileiros, dos quais estes ladrões de galinha estão rindo e bebendo wiski na calada noite. Que morram de cirrose e que tenham um fim triste e tortuoso. AMÉM!!
Esta semana acordei desnorteado, achando que havia voltado no tempo. Por um momento me vi em plena década de sessenta, em meio ao período mais radical da ditadura militar. Acordei com o mesmo ritual de todos os dias, abri o jornal e liguei o rádio em uma das emissoras de notícias que, costumeiramente, acompanho os principais acontecimentos de Curitiba, do Brasil e do Mundo. Situações do trânsito, clima, economia, esporte, comportamento e, gostando ou não, os absurdos cotidianos da nossa política.
Como todos os dias, aguardava a presença do âncora local, o conceituado jornalista Gladimir Nascimento, que com seus comentários ácidos discute diariamente os acontecimentos da nossa cidade, nas manhãs da rádio BandNews FM. Por algum motivo até então desconhecido, nada do Gladimir naquela manhã.
Como jornalista, obviamente fiquei curioso para saber o porquê da ausência. Não demorou muito para saber que se tratava de uma súbita demissão por motivos políticos. CENSURA declarada após o comentário deste que é, sem dúvida, um dos mais respeitados e corretos profissionais da notícia que o Paraná tem. Calaram o Gladimir porque ele chamou de “uma atitude de ladrões de galinha”, a sessão dos deputados paranaenses realizada na calada da noite, a fim de aprovar uma verba de R$ 17 milhões do orçamento de 2009 para a aposentadoria destes deputados ladrões de galinha.
Não sei se me envergonho de ser jornalista e ainda ver esse tipo de censura, ou de ser cidadão e ver esse tipo patético de crime sobre as nossas barbas, e ainda ser impotente. Sim, impotente. Pois não basta eu e mais meia dúzias de jornalistas como o Gladimir fazer a nossa parte, quando a maioria das pessoas engolem a seco os bla bla blas desses ex-presidentes de associações de bairros, líderes sindicais ou ex-militantes políticos estudantis que migram para a política e, rapidamente, se corrompem frente a um cargo de vereador, deputado, prefeito, governador, senador, e porque não, presidente da república. Um bando de semi-analfabetos que preferem ver seus bolsos cheios, mesmo que para isso seus netos e bisnetos tenham que herdar toda essa podridão política.
Quanto mais eu me informo, mais eu me educo, mais perco a esperança na administração pública. Sim, estou generalizando e não vou mais pedir desculpa àqueles que são “honestos”, pois, no mínimo, são coniventes, pois estão próximos a tudo isso e ainda permitem que pressões políticas possam calar quem quer dizer a verdade.
Desejo a todos os deputados da Assembléia Legislativa do Paraná os piores dias de toda a sua vida. Desejo a todos, os ladrões e os coniventes, um futuro amargo e que suas próximas gerações herdem uma sociedade falida pela corrupção de seus genitores. Não desejo isso apenas em solidariedade ao colega Gladimir, mas em solidariedade a todos os cidadãos brasileiros, dos quais estes ladrões de galinha estão rindo e bebendo wiski na calada noite. Que morram de cirrose e que tenham um fim triste e tortuoso. AMÉM!!
